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Arquivo Rua Direita

Arquivo Rua Direita

28
Set09

Ao trabalho

João Távora

Antes de mais, quero publicamente tirar o meu chapéu e dar os parabéns a Paulo Portas e a toda a direcção do partido pelo resultado histórico obtido pelo CDS PP. No entanto esta saborosa “vitória” não chega para me pôr eufórico: nos próximos anos o novo parlamento exibirá uma grossa maioria de esquerda que inclui uma significativa facção extremista, disruptiva, própria de democracias imaturas. Insisto na ideia de que uma direita débil é o primeiro sinal de um país pobre, estagnado e deprimido. Um dado que suspeito se acentuará nos próximos tempos, por mais injecções de capital que se processem nas obras públicas e no estado providência implantado.


É um facto que nem a alarmante crise, nem o atoleiro em que o país se encontra, nem mesmo os novos partidos que desta vez se apresentaram a votos, serviram para mobilizar cerca de três milhões e setecentos mil portugueses que teimam em alhear-se dos destinos da sua pátria: suspeito que somando estes números aos votos brancos e nulos, pelo método de hondt eles traduzir-se-iam numa maioria parlamentar. 


Este panorama confere à direcção do CDS um redobrado dever de lealdade para com os seus eleitores, exigindo-se ao partido uma oposição sem concessões ao "centrão" e uma determinada resistência aos cantos da sereia do poder imediato: creio que o crescimento do eleitorado do CDS-PP perspectiva-se inequivocamente à direita e numa grande maioria desiludida que urge resgatar à politica. É tempo da direita construir confiança e crescer para salvar de Portugal.


 
25
Set09

Um novo mote

João Távora

 

Se passamos a vida a lamentar a História e o nosso crónico atraso (eu que o diga) porque não arrepiamos caminho? Parece-me urgente alterarmos os paradigmas que têm gerido os destinos do nosso país desde tempos imemoriais, reforçados pela matriz socialista do regime nos últimos trinta e tal anos. 

A responsabilidade na mudança deste estado de coisas está, e sempre esteve, na vontade e competência dos indivíduos. Mas o primeiro passo a dar, será sem dúvida, uma mudança massiva dos portugueses no seu sentido de voto: um voto que devolva às pessoas o protagonismo do sucesso das suas vidas, que motive a comunidade a descobrir a sua auto-estima na construção dum país mais prospero e mais livre. 

Um país com uma direita débil é um país pobre, estagnado e deprimido; e a viragem só pode começar com um novo mote, com um voto renovado: um voto na responsabilidade, no trabalho, nos valores que regem uma autêntica meritocracia. Para que assim possamos construir e delegar aos nossos netos uma História de esperança e com futuro. É tempo de virar o voto à direita.

21
Set09

A chave do sucesso

João Távora

Sou um pragmático de direita, seja lá o que isso for: no PREC cheguei a aclamar Mário Soares quando o poder estava na rua e pendia para os soviéticos em prejuízo das liberdades mais básicas. Em todos os sufrágios reclamo por uma vitória da direita, o que quer dizer que acabo torcendo pelo PSD, apesar de quase sempre votar no CDS.


Dito isto, considero pouco recomendável que estes dois partidos briguem pelos votos um do outro: parece-me que Marcelo Rebelo de Sousa perdeu ontem uma boa chance de estar calado, pois o seu partido só tem a ganhar com um CDS forte. E Paulo Portas também deveria disfarçar sua voracidade pelo voto Social Democrata, partido que inevitavelmente será o nosso único aliado natural. De resto, nesta derradeira semana de campanha parece-me que ambos os partidos ganhariam em disputar acirradamente as centenas de milhar de votos dos indecisos e da abstenção. Para uma derrota das esquerdas que é o único cenário que verdadeiramente nos poderemos rejubilar. 

21
Set09

Complexo d’ Édipo

João Távora

O Bloco de Esquerda é assim um “partido comunista” versão adolescente urbano depressivo, revoltado contra a sociedade que lhe deu tudo menos um sentido para vida. Afinal a rapaziada anafada não quer a luta de classes, apenas se rebelou contra "o pai", contra "o sistema", contra "a autoridade". Se as suas desventuras não acabarem mal, na simples marginalidade ou num asilo psiquiátrico, a moléstia ainda vai passar com a maturidade: um bom tacho na administração publica ou o acasalamento com descendência terminarão com todas as veleidades. Para já o importante é salvaguardar a nossa liberdade desta caprichosa demanda: é que a vida não é um festival de rock e a história não é um filme experimental.

18
Set09

Alerta máximo

João Távora

 


No entrecruzar de duas importantes eleições nacionais, o essencial da discussão vai submergindo à progressiva gritaria e às mais desconchavadas manobras de distracção e propaganda partidárias. Estão em jogo muitos e mesquinhos interesses dos respectivos aparelhos e assim sendo os fins justificam todos os meios. 


 


Enquanto isso o País, com mais de dois milhões de pobres e quinhentos mil desempregados caminha alegremente para o abismo:  adivinha-se que qualquer solução de governo que saia das próximas legislativas ao fim de uns meses estará sobre brasas, debaixo do fogo das oposições, do mal estar social, da artilharia pesada dos sindicatos e corporações. Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. 


 


Com a nossa economia fortemente estatizada e dirigida, a “crise financeira” em Portugal foi atenuada e serviu de tábua de salvação dum governo autoritário, sem soluções ou resultados. O facto é que a verdadeira crise portuguesa é estrutural, e para não perder popularidade nenhum partido a promete enfrentar: por agora o estado de coisas e a paz social só são possíveis com um enorme endividamento, uma pesada carga fiscal e um alto deficit orçamental.


 


Tudo isto incomportável a curto prazo. 


 


Se adicionarmos a este caldo a previsão da OCDE de que não iremos crescer mais do que 1,5% ao ano no próximo decénio, uma cifra que não dá para baixar o desemprego, talvez entendamos como se torna urgente uma profunda mudança de paradigmas na gestão da coisa pública. Só nos falta bater no fundo, porventura condição necessária para uma profunda mudança de mentalidades e politicas. Isto sim deveria ser o tema do debate. Para que não haja surpresas.


 

 

15
Set09

Do provincianismo

João Távora

Na velha capital do império, porto de abrigo e porta de esperança de tantos imigrados da miserável província, o epíteto “provinciano” sempre funcionou como eficaz rotulo para a exclusão.  Sempre existiu uma  Lisboa deslumbrada, presunçosa e segregacionista. 


 


É neste sentido que apelidar alguém provinciano, significa muito mais do que contestar o seu cosmopolitismo ou a sua proveniência geográfica: significa a velha tentação de pretensas  elites de colocar o interlocutor  “no seu lugar”, que é menor. Uma atitude chauvinista, uma linguagem preconceituosa e arrogante, típica duma esquerda engajada e burguesa. São eles que mandam, é aquilo que temos. 

12
Set09

Um país sem horizontes

João Távora

Preocupam-me seriamente as tendências de voto reveladas pela generalidade das sondagens: em Portugal cresce e predomina um pensamento de esquerda mais ou menos primário, mais ou menos radical. Nos dias que passam qualquer propósito de liberalização da economia, de incentivo ao mérito ou à iniciativa privada é pura veleidade. O pior de tudo é que a crise internacional parece ter legitimado na cabeça de muitos um crescente peso do estado na vida das pessoas, tornando o desafio da modernização do país um sonho ainda mais longínquo. Do Estado dependem as empresas, os empregos, as artes, as minorias, as maiorias, os agricultores, a educação, os professores, os costumes, os funcionários e a boa ordem. Esta é a grande asfixia nacional.


Esta é uma maldição que cem anos de república só conseguiram acentuar: somos um pobre país de um povo pobre, rude, ressabiado e dependente. Terreno fértil duma medíocre oligarquia que disto tudo se alimenta e que há muitos anos se governa.

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