Nunca fui filiado em nenhum partido e nunca tive um interesse especial pela política. O nascimento do meu primeiro filho e a prestação deste governo nos últimos quatro anos levaram-me a pensar de uma forma mais frequente sobre o futuro do nosso país. Por isto, aceitei o desafio da Rua Direita para participar neste espaço de debate.
Vou votar no CDS porque é o único partido que, com um discurso sólido, coerente e credível, apresenta um caminho claro para o futuro, valorizando um princípio que considero fundamental: A Responsabilidade.
Não quero que os meus filhos cresçam numa sociedade em que o crime (de todas as formas e dimensões) não é punido porque o sistema judicial funciona mal, e em que escândalos gravíssimos pairam no ar até prescreverem ou caírem no esquecimento, sem que deles decorra qualquer consequência.
Não quero que os meus filhos cresçam numa sociedade gerida por um Governo ao qual é permitido fazer promessas infundadas, denegrir a imagem e a autoridade dos professores, dizer-se e desdizer-se sobre inúmeros temas com a maior das naturalidades, ficando de consciência perfeitamente tranquila.
Não quero que os meus filhos cresçam numa sociedade que desvaloriza ao ponto de querer McDonaldizar valores fundamentais como a família e o casamento, em que o compromisso não tem valor, e em que o “fast food” das relações permite de uma forma simples o casamento e o divórcio entre todos (independentemente do sexo) sem que exista qualquer consciência de que, na maior parte dos casos, se está a destruir um lar e uma família.
Não quero que os meus filhos vejam vedadas as suas ambições de desenvolvimento profissional e económico por viverem numa sociedade que pune o esforço e o mérito profissional, e que tem numa lei laboral excessivamente rígida a protecção para quem não quer trabalhar.
Não quero que os meus filhos cresçam numa sociedade que herde uma enorme dívida gerada por um número desmesurado de investimentos públicos sem estratégia, num esforço inútil de regenerar uma economia em estado vegetal, e que não geraram o valor esperado na altura da sua aprovação.
E sobretudo, não quero que os meus filhos tenham em soluções “chave na mão” como o aborto uma solução para lapsos de responsabilidade.
Ambiciono uma sociedade em que os meus filhos sejam livres para escolher o seu próprio caminho sabendo que, a cada passo, terão de responder pelos seus actos e de arcar com as consequências dos mesmos, sejam elas boas ou más. Por esta razão tenho claro que o meu voto nestas eleições será no CDS.