Parabéns CDS!
Vizinhos de Rua e caros passantes,
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Vizinhos de Rua e caros passantes,
Deve ser um mal meu, mas não compreendo quem diz “votar útil” num partido. Não compreendo, nem nunca compreendi. Talvez seja a minha veia romântica a falar. O eterno compromisso de estar bem comigo mesmo. Um detestar do “jogo político” ao estilo Maria-vai-com-as-outras-que-se-não-fores-não-vai-nenhuma.
Votar útil significa “votar num mal menor”. Representa acreditar numa política, acreditar num programa eleitoral, acreditar, enfim, num partido e votar noutro, com o intuito, normalmente, de se afectar um terceiro partido. É pior que “engolir um sapo”, na ida expressão dos comunistas portugueses. Imagino que seja, certamente, ir para a cama na noite eleitoral com um arrependimento de alma, com um travo amargo a traição. As mais das vezes, a perguntar-se “para quê?”.
Como se pode votar num partido cujo programa nos diz menos do que outro? No caso do CDS, então, as diferenças são marcantes face ao PSD. Como pode alguém que afirma identificar-se com o CDS “votar útil” no PSD? Não percebo…
O voto de cada um é um bem precioso. É um poder que exercemos poucas vezes na nossa vida. Devemos desperdiçar esse poder naquilo em que não acreditamos, com a suposta justificação de querermos evitar um mal maior que seria a vitória de um terceiro partido? Bem sei que muitos dirão “sim”. Eu digo Não!
Não contem comigo para abandonar os meus princípios, as minhas crenças, as minhas convicções. É no CDS e na sua política que acredito. É no CDS que voto.
Quem acredita no CDS, vota CDS, não vota noutro partido por utilidade a nada!
Diz que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa está preocupado com o CDS. Bom sinal!
Nos últimos anos o CDS tem-se destacado ao nível partidário pelo alerta que tem lançado relativamente à deterioração da segurança pública nacional.
Nesta área, que, com toda a certeza, preocupa a generalidade dos portugueses, tem feito um bom trabalho. Isto porque não se tem limitado a esgrimir números relativos à criminalidade em Portugal e a apontar o dedo àqueles que pouco ou nada fazem para evitar o crescimento deste fenómeno, mas também porque, conjuntamente com as críticas, traz à praça pública ideias e sugestões com vista a combater o mesmo.
Penso, contudo, que a mensagem que tem passado para a sociedade é a de um partido defensor de soluções maioritariamente repressivas em detrimento de opções preventivas. Passa, portanto, uma ideia de um partido de direita austero, ríspido e castigador.
Ao ler o programa do CDS quanto a esta temática podemos, contudo, concluir que mais de metade das ideias contidas no mesmo, com o intuito de combater este fenómeno de insegurança, tem uma índole preventiva. A ideia central é, primeiramente, a de evitar o crime e não a de reprimir aqueles que cometem crimes.
Diz o programa do CDS que “Fazer uma política de segurança não é uma questão exclusivamente policial, judicial ou penal. É compreender que as maiores dificuldades requerem soluções de política social mais inovadoras e ambiciosas.”.
Estou inteiramente de acordo, sendo a forma de tratar esta temática outro dos motivos que me leva a votar no CDS.
Está claro que devemos reprimir aqueles que cometem crimes (naturalmente, sempre desejando a sua reabilitação), mas o enfoque principal deverá ser sempre o de evitar que os mesmos cheguem a ser praticados e é isso que consta do programa eleitoral do CDS (que pode ser consultado aqui) ao contrário daquilo que, penso, tem sido a percepção de parte da sociedade.
Aqui ficam algumas das propostas do CDS nesta matéria:
- Defesa da mediação policial;
- Contratualização com IPSS de referência, da gestão de programas sociais nos bairros problemáticos;
- Avaliação anual dos programas de integração social nos bairros problemáticos;
- Participação dos Corpos Especiais da PSP e GNR no patrulhamento das zonas mais inseguras e Grupos Operacionais de Prevenção nos bairros de risco;
- Maior utilização de vídeo protecção, que deve fazer prova em tribunal.
No Rua Direita vários têm insistido na necessidade de termos menos Estado. Incluo-me nesse grupo. E é este um dos motivos que justificam o meu voto no CDS.
Menos Estado significa acreditar nos portugueses e nas suas capacidades. Significa acreditar que somos mais solidários, mais humanos, mais empreendedores e melhor gestores do que o Estado que temos.
Menos Estado equivale a acreditar que nós, indivíduos, sabemos fazer melhor muito do que àquele cabe hoje fazer. Significa, portanto, uma necessidade de repensar as competências que lhe queremos atribuir (ou seja, que lhe queremos retirar).
Menos Estado representa, de igual modo e nos dias que correm, uma necessidade de reorganização do mesmo (ainda que mantivesse as actuais funções…). Representa uma urgência de desburocratização do próprio Estado.
Este é, dizia, um dos motivos que me leva a votar no CDS. Voto naquilo em que acredito, de modo informado e em consciência.
Deixo-vos exemplos (não sendo exaustivo) de propostas constantes do programa eleitoral do CDS que vão neste sentido (naturalmente, correndo o risco de as descontextualizar – para os mais curiosos, sempre há a possibilidade de ler o programa eleitoral do CDS aqui):
- No sector da Agricultura – Gestão concertada do sector, optando pelo princípio da subsidariedade, delegando competências e responsabilidades nas organizações agrícolas;
O Henrique Burnay deixou hoje aqui um post com uma fantástica frase de Edmund Burke.
Uma frase que sintetiza bem uma das principais ideias que justificam o nosso voto no CDS.
Em tempos de crise a tentação de muitos governos é a de açambarcar mais poder através de maior intervenção na sociedade (justificada, segundo muitos, pela própria crise). Não acredito nisso!
Deixo-vos uma frase de Thomas Jefferson para ajudar à compreensão: A Government big enough to give you everything you want is strong enough to take everything you have.
Deus Pinheiro: “Seria muito benéfico uma coligação PS-PSD”.
Muito se tem discutido, nos últimos anos, se queremos (e, talvez mais do que isso, se podemos) baixar a carga fiscal em Portugal. Talvez desde já desiludindo os leitores deste post, não trago comigo a resposta definitiva a esta problemática (mas não parem de ler, por favor!). Gostaria, no entanto, de também aqui lançar esta fundamental discussão, pedindo ajuda a todos os interessados por este tema central das nossas finanças.
Creio que, primeiramente, devemos colocar a discussão na correcta perspectiva (a que se segue é a minha, naturalmente admito outras).
Os impostos são um meio de financiamento dos Estados. No caso do Estado português, os impostos têm-se assumido cada vez mais como o instrumento fundamental na sua gestão (em detrimento de outros meios, como a política cambial que, como é sabido, hoje não depende apenas de nós). Os impostos servem, portanto, para financiar aquilo que decidimos ser de atribuir como competência ao Estado.
Se queremos mais do Estado, serão precisos mais impostos, se queremos menos do Estado (ainda que melhor!) serão precisos menos impostos (é quase um axioma…).
Assim, mais do que discutir de forma hermética a possibilidade “numérica” de baixar os impostos, devemos antes discutir seriamente o que queremos do Estado. Onde e como queremos que o Estado gaste o nosso dinheiro? Aí reside a primeira questão. Não basta afirmar que se pode ou não se pode baixar os impostos. Há que antes discutir em que os queremos gastar.
Uma vez isto arrumado (como se fosse fácil…), discutiremos as possíveis políticas fiscais com vista à arrecadação da necessária receita. Mais tributação da despesa? Mais peso na tributação do rendimento (e dentro deste que tipo de rendimento)? Ou será melhor tributar o património? Tributamos mais as empresas ou as pessoas singulares? Utilizamos a política fiscal também como “incentivo” a determinadas áreas ou como nivelamento social? Etc.
Da minha parte, tenho uma clara noção daquilo que quero para o meu Portugal. Que tipo de Estado e, consequentemente, que tipo de intervenção dos privados (particulares e empresas) na sociedade. Aí revejo-me no CDS. Não entrando em pormenores das minhas preferências (lá irei mais detalhadamente, temos tempo para isso nesta Rua Direita), por agora afirmo apenas que quero menos Estado e mais Humanismo! Que acredito na iniciativa privada e, portanto, na solidariedade e na fraternidade social. A partir daqui, é-me fácil afirmar que podemos baixar os impostos…
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