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Arquivo Rua Direita

Arquivo Rua Direita

29
Set09

Rua com saída

Adolfo Mesquita Nunes

 

Ao longo das últimas semanas por esta Rua passou quem quis. Em comum, como dissemos logo no primeiro dia, tínhamos a convicção e a vontade de que o CDS devia ter um bom resultado eleitoral. Conseguimo-lo e isso deixa-nos satisfeitos. Mas se o resultado tivesse sido outro não teríamos menos orgulho na Rua que construímos.

 

Como prometemos também no primeiro dia, por aqui passou gente vinda de lugares distintos, gente que nunca se tinha cruzado, gente que só cá veio uma vez, gente para quem a política é apenas um momento, gente que vive a política com imensa intensidade. Mas o mais importante é que se cruzaram opiniões diferentes, propostas diversas, ideias nem sempre coincidentes, mas todas com um sinal comum: os valores da liberdade e da responsabilidade, uma ideia de Estado e uma noção de País.

 

Foram esses valores, essa ideia e essa noção que preferimos discutir aqui, passando ao largo dos casos e das pequenas polémicas que marcaram a campanha. Soubemos sempre, desde o início, que o nosso caminho era outro. Eventualmente perdemos audiências. Mas, ainda assim, uma média de 1315 visitas por dia ultrapassou em muito as nossas expectativas.

 

Os partidos não devem ser espaços monolíticos onde só cabe uma ideia, nem lugar nenhum onde cabe tudo. Nós, que não somos a voz do CDS, somos o CDS dos eleitores (dos que têm e vêm à net, mas não só). Os eleitores que aqui passaram não são apenas o futuro do CDS. Eles são o presente do CDS e foi por eles e com eles que se testemunhou o crescimento eleitoral do CDS. De resto, esta Rua mostrou como o CDS é muito mais do que aquilo que muitas vezes o fazem parecer. Coisa que os leitores da Rua perceberam e os eleitores também.

 

Obrigado por terem feito este caminho connosco. E obrigado ao CDS por ter merecido este esforço e este resultado. Ao longo destas semanas fizemos a nossa parte, com convicção. É tempo de fechar esta Rua.

 

Chegámos ao fim e no fim chegámos onde queríamos. Agora, cada um seguirá o seu caminho, com o mesmo espírito, e pelas ruas onde andarmos seremos os mais exigentes de todos para com o CDS. Como sempre.

 

Os autores do Rua Direita

02
Set09

Novo Autor

Adolfo Mesquita Nunes

A Rua Direita continua a alargar-se a novos autores. Hoje é a vez de darmos as boas vindas a um dos bloggers que anda por aqui há mais tempo. Há quem o conheça simplesmente pelo tipo da Voz do Deserto. Outros não hesitam em reconhecer o nome Tiago de Oliveira Cavaco. Outros ainda preferem reagir ao nome Tiago Guillul. E agora pode passar a ser também o Tiago da Rua Direita, já que também ele considera que o CDS deve ter um bom resultado nas próximas eleições. Bem-vindo.

31
Ago09

Novo autor

Adolfo Mesquita Nunes

Apresentado o Programa Eleitoral do CDS, conhecidas as ideias que vão a votos, é tempo de abrirmos esta Rua Direita a novos autores. Junta-se a nós, na convicção de que o CDS deve ter um peso eleitoral expressivo nas próximas eleições, o Francisco Beirão Belo. Tem 31 anos, é engenheiro não praticante, não tem qualquer filiação partidária e inicia aqui a sua participação activa na blogosfera.  


 

24
Ago09

E não é que nos apanharam mesmo?

Adolfo Mesquita Nunes

O voto num dos partidos do bloco central é sempre encarado com naturalidade. Não é sequer exigido ao eleitor que concorde com tudo o que é dito pelo partido em que vai votar, ou que se demarque de alguma coisa. Aceita-se o voto e já está. Ao contrário, o anúncio de um voto no CDS, como aliás de um voto no PCP ou no Bloco, é quase sempre seguido de um pedido de explicações, como que exigindo-se que o eleitor concorde com tudo o que é dito pela direcção vigente do partido.


 


Esta diferença de atitude, nem sempre subtil, é uma prática demonstração da cultura do centrão imposta aos eleitores (como aliás o é a proposta de Sócrates relativamente aos debates). Votar no PS ou no PSD é sempre aceitável e tem um propósito. Votar nos restantes partidos apenas é aceitável quando se concorda com a integralidade do discurso.


 


Esta cultura do centrão tem prejudicado essencialmente o CDS, uma vez que a esquerda tem uma batalha cultural já travada -- e ganha -- que lhe permite resistir aos complexos no voto.


 


A Rua Direita nasceu também por isso. Agregando pessoas que, por diversos motivos, nem sempre coincidentes, entendem que o CDS deve aumentar o seu peso eleitoral, procura demonstrar que existe um utilidade, ou várias utilidades, neste voto. Esta Rua Direita nasceu precisamente para cortar  a direito com o estranho complexo do centrão que parece querer acreditar que a utilidade e o sentido do voto se quedam pelas fronteiras da social democracia.

24
Ago09

Ainda bem que fomos apanhados!

Diogo Duarte Campos

O que o João Galamba não diz, mas quer dizer é que entre os membros do Rua Direita e o CDS/PP há incongruências.


 


No caso concreto, o Tomás Belchior e o Carlos Martins teriam sido – supostamente – desautorizados por Paulo Portas. Ora, o primeiro problema é que estes não pedem autorização a Paulo Portas para pensarem, pelo que a tese da desautorização não tem qualquer sustentabilidade ontológica.


 


Fica a suposta incongruência. Devo admitir que tenho alguma dificuldade em escrever sobre o tema, uma vez que não estive em Aveiro nem ouvi o discurso de Paulo Portas na reentre (que, seguramente, dará mais um post ao estilo “membros da Rua Direita não ouvem o líder"…), mas em todo o caso julgo que a questão não pode ser vista da forma simples como o João a apresenta.


 


Com efeito, também eu acho que, em abstracto, é desejável substituir importações. A questão – como o Tomás veio sublinhar - é saber como: se for com ajudas públicas ineficientes, não; mas se for mediante a criação de condições para empresas portuguesas mais competitivas, muito bem. Outro tanto se tal substituição se realizar mediante o maior consumo de produtos nacionais (em total liberdade, perceba-se) pelos consumidores.


 


Sem prejuízo, deixo já claro que há diferenças entre o discurso oficial do CDS/PP e o que cada um dos habitantes desta rua pensa. Por exemplo, pessoalmente sou a favor do nuclear. E depois? Vem mal ao mundo? Assim não fosse e apenas poderia votar no partido do Diogo!


 


Essa, digo eu, será até uma das nossas virtudes: unidos no essencial, mas com várias visões, não representasse o CDS várias direitas.


 


Aliás, diga-nos lá João: concorda com tudo o que Sócrates diz e faz?


 

23
Ago09

Fomos Apanhados

Tomás Belchior

O João Galamba descobriu-nos a careca: no Rua Direita há quem não se limite a papaguear o discurso da direcção do CDS. No meu caso, nem é bem verdade porque também andei a defender a substituição de importações por exportações. É certo que o fiz dizendo que precisamos de empresas mais competitivas, e que a maneira de o conseguirmos é com mais concorrência, não com subsídios, mas espero que seja o suficiente para dar provas da minha obediência.


 


Confesso que, por uma vez, não consultei o presidente do CDS antes de escrever os posts mas espero que os nossos pontos de vista coincidam, caso contrário posso ter o futuro comprometido. Já suspeitava que não ia ser fácil afirmar-me como aparatchik depois de ter recorrido a especialistas e de ter ficado a saber que só me identifico em 73% com o partido. Agir com naturalidade, carregando uma quarta parte de hipocrisia, só está ao alcance de um grupo selecto de tarefeiros.


 

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