CDS e o tema da Segurança
Nos últimos anos o CDS tem-se destacado ao nível partidário pelo alerta que tem lançado relativamente à deterioração da segurança pública nacional.
Nesta área, que, com toda a certeza, preocupa a generalidade dos portugueses, tem feito um bom trabalho. Isto porque não se tem limitado a esgrimir números relativos à criminalidade em Portugal e a apontar o dedo àqueles que pouco ou nada fazem para evitar o crescimento deste fenómeno, mas também porque, conjuntamente com as críticas, traz à praça pública ideias e sugestões com vista a combater o mesmo.
Penso, contudo, que a mensagem que tem passado para a sociedade é a de um partido defensor de soluções maioritariamente repressivas em detrimento de opções preventivas. Passa, portanto, uma ideia de um partido de direita austero, ríspido e castigador.
Ao ler o programa do CDS quanto a esta temática podemos, contudo, concluir que mais de metade das ideias contidas no mesmo, com o intuito de combater este fenómeno de insegurança, tem uma índole preventiva. A ideia central é, primeiramente, a de evitar o crime e não a de reprimir aqueles que cometem crimes.
Diz o programa do CDS que “Fazer uma política de segurança não é uma questão exclusivamente policial, judicial ou penal. É compreender que as maiores dificuldades requerem soluções de política social mais inovadoras e ambiciosas.”.
Estou inteiramente de acordo, sendo a forma de tratar esta temática outro dos motivos que me leva a votar no CDS.
Está claro que devemos reprimir aqueles que cometem crimes (naturalmente, sempre desejando a sua reabilitação), mas o enfoque principal deverá ser sempre o de evitar que os mesmos cheguem a ser praticados e é isso que consta do programa eleitoral do CDS (que pode ser consultado aqui) ao contrário daquilo que, penso, tem sido a percepção de parte da sociedade.
Aqui ficam algumas das propostas do CDS nesta matéria:
- Defesa da mediação policial;
- Contratualização com IPSS de referência, da gestão de programas sociais nos bairros problemáticos;
- Avaliação anual dos programas de integração social nos bairros problemáticos;
- Participação dos Corpos Especiais da PSP e GNR no patrulhamento das zonas mais inseguras e Grupos Operacionais de Prevenção nos bairros de risco;
- Maior utilização de vídeo protecção, que deve fazer prova em tribunal.