Partido pouco afirmativo: "Sim" aparece 0,00833 por página no programa do PS
A propósito disto, importa esclarecer que o Carlos Santos tem toda a razão. Decidi, assim, seguir o mesmo raciocínio e fazer o mesmo com a palavra "Sim".
O programa eleitoral do PS tem 120 páginas, no ficheiro .pdf (incluindo capa, índice, etc.). Nessas 120 páginas, uma pequena busca permite detectar o uso da palavra "SIM" 1 vez. O que dá uma espantosa média de 0,00833 vezes por página. No programa do PSD, com 40 páginas (contadas de acordo com o mesmo critério), a palavra aparece 0 vezes. O que, nesta análise de conteúdo básica, dá uma média de 0 por página. Podia daqui inferir-se que o PS tem uma visão pouco positivista do programa. Perde pouco espaço a dizer o que quer para o país. No que se aproxima do BE, que bate o recorde registando 3 vezes a palavra SIM em 110 páginas: 0,0091 vezes por página! Do BE não se esperaria outra coisa. É um partido que, contra a sua ala mais moderada (afastada da liderança e das listas de candidatos a deputados), se afirma por ser pouco afirmativo. E por isso, em cada página, podemos ler 0,0091 vezes a palavra SIM. No PS, a situação é mais surpreendente. Pode um partido que aspira a governar elaborar um programa pouco assente no que SIM gosta e sim quer fazer? Como podem os portugueses ficar a conhecer as propostas do PS? Divulgado o programa, ficamos sem saber o que SIM querem. Continuamos às escuras sobre o que querem. Estou certo de que o programa do CDS, a apresentar no próximo domingo, utilizará mais vezes a palavra SIM.