O CDS e a Liberdade de Imprensa
Nos últimos 4 anos e meio temos assistido a vários episódios de tentativa, por parte do governo socialista, de condicionar o exercício profissional dos jornalistas e controlo dos diversos media. São já casos a mais para passarem despercebidos:
i) interferencia e pressões junto de administrações e direcções de informação "José Rodrigues dos Santos acusava a administração da empresa de interferir em matéria editorial, veicular para a direcção de informação recados dados pelo poder político.",
ii) ameaças de processos judiciais a jornalistas "Nas conversas do Ricardo Felner com o gabinete do primeiro-ministro houve referência a eventual processo judicial, caso fosse publicado alguma coisa? Houve, e não é caso virgem.",
iii) pressão sobre a Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS) para influênciar tomada de decisões "Artur Portela renunciou ao cargo que ocupava na AACS na sequência daquilo que diz ser uma pressão do ministro... Em causa, estão alegados conselhos do ministro para calendarização das decisões...",
iv) utilização da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) como meio para atingir alguns objectivos "ERC condena TVI por desrespeito das normas ético-legais." e
v) condicionar potenciais receitas de publicidade (convém não esquecer, que o estado Português é indirectamente um dos maiores investidores de publicidade através da TMN, PT, Caixa Geral de Depósitos, GALP, EDP, Allgarve, Turismo de Portugal, entre outros).
O CDS no seu programa para a Comunicação Social defende duas ideias simples mas fundamentais para o bom funcionamento e isenção dos media "Garantir o pluralismo e independência face ao poder político, seja qual for o poder político" e "Manter especial vigilância sobre a actuação dos reguladores, de modo a não serem utilizados para condicionar os grupos de media".