É por ser demasiado óbvia que a existência de censura pode ser colocada em causa, fornecendo a dúvida que convive com a presunção de inocência. Neste caso, a discrição seria bem mais assassina porque forneceria a prova derradeira. Isto não quer provar nada. Quer apenas realçar que o óbvio, neste caso, não serve de argumento para nada.
O episódio Manuela Moura Guedes convoca várias associações de ideias. Pelos lados do Simplex, por exemplo, o Porfírio Silva associa Manuela Moura Guedes ao CDS, relembrando a sua condição de ex-deputada do partido. Já a associação dos socialistas à Prisa é coisa que por ali se não menciona, de tão irrelevante.
Quem demitiu a Manuela Moura Guedes?
Se o caso Manuela Moura Guedes tem a importância que tem, muito se deve à importância que lhe foi dada pelo próprio governo. Dona de uma tenacidade e uma independência pouco vistas no jornalismo que por cá se faz, o que a torna uma figura incontornável e até incómoda, acabou acusada de ser parte fundamental numa série de campanhas negras e peça fulcral na construção das mais diversas conspirações contra José Sócrates.
Acredito que o governo nada tenha a ver com o assunto. Mas quem vai colocando as mais diversas suspeitas sobre alguém que apenas decide fazer uso de um princípio base da democracia, o da liberdade de imprensa, não se pode agora queixar das suspeitas que lhe caem em cima quando essa figura e a sua liberdade são, aparentemente, postas em causa.
"Eis, pois, a teoria constitucional do santanismo: sim à liberdade de opinião, se não for contra nós; sim à independência dos órgãos de regulação, se deliberarem a nosso favor. E ainda há quem se sinta descansado..."
"O problema já seria gravíssimo com esta dupla e com estes contornos. É, contudo, mais vasto. Santana Lopes tem no controlo da comunicação social a sua obsessão política. E deita mão a todos os recursos, desde a mais descarada manipulação até ao mais patético infantilismo, para tentar influenciar a seu favor os "media". Estando por perceber cabalmente as eventuais ligações que tenham com esta estratégia de controlo político, de um lado, as recentes decisões em cadeia tomadas a partir do universo empresarial da PT e com incidência nas administrações e direcções de órgãos de comunicação social e, do outro lado, o recurso sistemático aos serviços e quadros de agências de colocação de notícias, por parte do Governo e da administração pública."
É evidente que a suspensão do jornal nacional na véspera de ser exibida a nova peça não passa de uma (in)feliz coincidência.
Se outros convites não surgirem, fica desde já o desafio para que a o novo trabalho sobre o Freeport passe amanhã, à hora do jornal nacional, nos principais blogues.
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