O logro
É tão evidente que a entrevista a Carolina Patrocínio ao jornal i foi combinada ao pormenor que vão agora dizer-nos, como é de moda, que é tão óbvio tão óbvio que a coisa foi montada para limpar a imagem da mandatária que vota aos 17 anos que é evidente que ninguém no PS seria tonto ao ponto de aceitar uma entrevista com perguntas combinadas previamente.
E basta ver como as perguntas nunca são consequência das respostas. É uma entrevista estanque, em que a entrevistadora nunca pega em palavras da resposta para, de seguida, fazer uma pergunta. Tudo como se a coisa tivesse sido feita por e-mail.
E depois há algo que me intriga. A entrevista é toda ela conduzida para falar de Sócrates e das suas reformas. Mas estamos a falar da Mandatária para a Juventude. Alguma questão ou palavra sobre educação? Não! Alguma referência a políticas de juventude? Não! A palavra jovem nunca aparece, a palavra jovens aparece uma vez e a palavra juventude aparece apenas antecedida da palavra mandatária.
Para que serve uma Mandatária para a Juventude que não se pronuncia sobre educação? Sobre políticas de juventude? Sobre primeiro emprego?
Esta entrevista foi um logro. Tal como o socialismo que nos governa.