Pergunta oportuna
Se, hipoteticamente, o resultado da sondagem da Universidade Católica correspondesse ao resultado das eleições legislativas de 27 de Setembro, alguém imagina como Sócrates poderia governar? Quem o legitimaria? E a que preço?
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Se, hipoteticamente, o resultado da sondagem da Universidade Católica correspondesse ao resultado das eleições legislativas de 27 de Setembro, alguém imagina como Sócrates poderia governar? Quem o legitimaria? E a que preço?
"Não esclareceu quais as alianças poderá propor e ainda bem. O PS deve apresentar-se sozinho, com uma solução governativa própria." - Sofia Loureiro dos Santos
Quer isto dizer que, perante uma maioria relativa PS, deverá Sócrates recusar formar Governo, ou, pelo contrário, deverá governar sem maioria absoluta?
A entrevista de José Sócrates, hoje na rtp, foi um passeio (percebe-se por que razão o primeiro-ministro quis evitar os debates; a verdade é que Sócrates tem muito mais jeito para monólogos). Adiante.
A dada altura da entrevista, Judite de Sousa fez a pergunta óbvia - perante um cenário de maioria relativa, quais as coligações que o PS admite fazer? A resposta, apesar de não surpreender, é reveladora da falta de respeito pelos eleitores e do espírito anti-democrático que grassa no Largo do Rato. O primeiro-ministro disse qualquer coisa como: essa questão não é importante, a não ser para jornalistas e comentadores.
Pois bem, desenganem-se todos aqueles que, ainda sem saber em que votar, tinham a ilusão de poder vir a saber quais as coligações que, da esquerda à direita, os partidos que se apresentam a votos, estão dispostos a fazer.
Admito que seja um alien nesta matéria, mas é para mim essencial saber do que é que os partidos estão dispostos a abdicar para chegar ao poder. Como militante do CDS, seria para mim impensável votar no partido se o seu presidente, no caso Paulo Portas, admitisse um cenário de coligação pós-eleitoral com o PS, ou, por omissão, se recusasse a afastar essa possibilidade (no último congresso, Paulo Portas foi muito claro na rejeição de um acordo com o PS).
Estou, assim, convencido de que os indecisos não irão dar um cheque em branco a alguém que, perante a evidência de todas as sondagens, se recusa dizer o que vai fazer com os seus votos no caso de não chegar à maioria absoluta.
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