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Arquivo Rua Direita

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18
Set09

"O Centrão de Portas" (3)

Adolfo Mesquita Nunes

Continuando com a tentativa de Pacheco Pereira convencer as pessoas que é o CDS e não o PSD o aliado natural do PS, importa agora -- porque é de factos que a vida é feita e não de suposições -- dar uma vista de olhos às alegadas cumplicidades parlamentares de CDS e PSD com o PS e o Governo nos últimos quatro anos e meio.


 


Onde está a cumplicidade parlamentar do CDS com o PS quando comparada com a cumplicidade do PSD?


 


VOTAÇÕES NOS PJL DO PS





FAVOR



CONTRA



ABSTENÇÃO



CDS



PSD



CDS



PSD



CDS



PSD



48



57



16



12



11



6




VOTAÇÕES NOS PJR DO PS




FAVOR



CONTRA



ABSTENÇÃO



CDS



PSD



CDS



PSD



CDS



PSD



17



19



5



4



8



7



VOTAÇÕES NOS PPL DO GOVERNO




FAVOR



CONTRA



ABSTENÇÃO



CDS



PSD



CDS



PSD



CDS



PSD



111



141



65



60



77



52



16
Set09

"O Centrão de Portas" (2)

Adolfo Mesquita Nunes

Para apelar ao voto útil e para acusar o CDS de amiguismo com o PS, Pacheco Pereira tem de fingir que não conhece os quatro anos e meio de oposição do PSD, sobretudo quando comparados com os quatro anos e meio de oposição do CDS.


 


Só fingindo não conhecer o que foram estes anos pode tentar esconder o braço dado do PSD ao PS no Tratado Europeu, no Pacto da Justiça, nas leis penais e da imigração ou na tentativa de revisão da lei autárquica. E só fingindo não conhecer pode esconder as pretensões conjuntas dos dois partidos de alteração do sistema eleitoral para um sistema que, ora bem, procura bipolarizar o parlamento.


 


Só fingindo não conhecer o que foram estes anos pode tentar esconder que enquanto o PSD se entretinha nas questões internas e vivia para elas, o CDS, também ele envolvido em questões internas note-se, liderava a oposição à direita. Basta comparar a produção parlamentar dos 11 deputados do CDS com os 75 do PSD.


 


Neste caso, ao contrário do que diz Pacheco Pereira, é o PSD que quer ficar com o proveito da oposição feita pelo CDS.

15
Set09

"O Centrão de Portas" (1)

Adolfo Mesquita Nunes

Com vontade mais ou menos declarada de apelar ao voto útil, e fingindo que não vê nem lê os jornais onde os seus companheiros de partido se deliciam com a possibilidade de voltar ao Governo em Bloco Central, Pacheco Pereira vê no episódio do queijo limiano uma qualquer espécie de tendência coligacionista do CDS com o PS.


 


Pacheco Pereira não refere, claro, que Daniel Campelo viabilizou dois Orçamentos de Estado em rota de colisão com o CDS e que, por isso mesmo, deixou o grupo parlamentar do CDS passando a ser deputado independente.


 


Pacheco Pereira não refere, claro, que o PSD viabilizou vários dos Orçamentos de Estado de António Guterres.


 


E Pacheco Pereira não refere, claro, que também os deputados do PSD da Madeira e dos Açores, contra a orientação do PSD, viabilizaram um Orçamento de Guterres. Mas parece que, ao contrário do que sucedeu no CDS, os deputados transfugas continuaram animadamente no grupo parlamentar do PSD.


 


Acho que, quanto a entendimentos orçamentais, estamos conversados.

14
Set09

Pacheco Pereira

Rui Castro

Este texto de Pacheco Pereira não tem ponta por onde se pegue.


 


Desde logo, abusa da desonestidade intelectual que tanto critica nos outros quando refere pseudo-entendimentos entre CDS e PS - o episódio que refere do queijo limiano foi da responsabilidade de um deputado do CDS, à data em ruptura com a direcção do partido.


 


Desafio Pacheco Pereira a dar um exemplo do que diz. Estará a pensar no pacto da justiça? No alinhamento de um elevado número de deputados laranjas com a recente lei de liberalização do aborto? No entendimento entre PS e PSD acerca da não realização de um referendo sobre o Tratado de Lisboa? Aguardo ansioso pela resposta.


 


O texto de Pacheco revela, por outro lado, o crescente nervosismo que alguns militantes do PSD têm demonstrado pelo facto das sondagens não fazerem eco do apelo ao voto útil que tem vindo a ser feito. A verdade é que o CDS, apesar de não descolar do 5.º lugar (tenho ainda esperança que a situação se altere até dia 27), teima em manter-se nas sondagens com um resultado potencialmente mais elevado do que em 2005.


 


Admito que a situação não agrade a Pacheco Pereira, mas se me permite um conselho, quer parecer-me que o PSD faria melhor em tentar convencer os indecisos do que em roubar votos ao CDS. Pode ser que ele compreenda o que eu digo no próximo dia 27.

31
Ago09

Assim-assim

Adolfo Mesquita Nunes

Ver o PSD admitir o Bloco Central (Mota Pinto e Deus Pinheiro, com as responsabilidades políticas que agora desempenham, falam pelo PSD) mais não é do que ver o PSD afirmar que a governação socialista é assim-assim. Ou que tem remédio, desde que o remédio seja o braço dado dos sociais democratas. É pena. Porque o país precisa de algo mais do que um tempero à política socialista. E porque é mesmo verdade que a política socialista adiou o país.  

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