Antes de Votar no Bloco
Para quem está a pensar em votar no Bloco de Esquerda, para quem quer um voto útil e uma verdadeira mudança, a melhor alternativa é mesmo o CDS-PP.
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Para quem está a pensar em votar no Bloco de Esquerda, para quem quer um voto útil e uma verdadeira mudança, a melhor alternativa é mesmo o CDS-PP.
Ontem, em Coimbra, Francisco Louçã brindou os portugueses com esta pérola: «Quero convidar qualquer pessoa que nunca tenha votado no BE a pensar por que é preciso um movimento político, uma força na esquerda, neste partido, para uma maioria para governar»
No entanto, o líder bloquista deixou a «certeza serena» de que não vai efectuar coligações com o PS de José Sócrates.
Gostava que alguma alma caridosa do BE me explicasse, como pretendem ‘oferecer’ uma maioria ao PS, para governar, sem efectuar coligações com José Sócrates. Só se for às escondidas?
Será que esta ‘força’ na esquerda não respeita a inteligência dos portugueses?
O Bloco de Esquerda é assim um “partido comunista” versão adolescente urbano depressivo, revoltado contra a sociedade que lhe deu tudo menos um sentido para vida. Afinal a rapaziada anafada não quer a luta de classes, apenas se rebelou contra "o pai", contra "o sistema", contra "a autoridade". Se as suas desventuras não acabarem mal, na simples marginalidade ou num asilo psiquiátrico, a moléstia ainda vai passar com a maturidade: um bom tacho na administração publica ou o acasalamento com descendência terminarão com todas as veleidades. Para já o importante é salvaguardar a nossa liberdade desta caprichosa demanda: é que a vida não é um festival de rock e a história não é um filme experimental.
Mas sinceramente não consigo resistir.
Ainda agora o ouvi dizer, referindo-se às consequências das nacionalizações, que se fosse necessário indemnizar as mesmas agravariam a dívida pública.
Mas será que é possível que no Sec. XXI alguém fale em nacionalizações e tenha qualquer dúvida sobre a imprescindibilidade de indemnizar os detentores dos bens nacionalizados...
Eu sei que já um exotismo em pleno Sec. XXI propor nacionalizações, mas sinceramente não estava preparado para a defesa de um furto de Estado.
Seguramente, defeito meu.
Afinal Louçã tem PPRs. E aproveitou os benefícios fiscais.
Deixo-vos apenas o primeiro artigo de uma das associações que o integram:
O Bloco tem conseguido, desde sempre, agregar um conjunto muito heterogéneo de votantes. Desde decepcionados com o PCP a radicais de esquerda órfãos de representatividade, até moderados de esquerda que, por uma razão ou outra, estando frustrados com o sistema político resolveram dar o seu voto ao Bloco.
Mas, para além destes, o Bloco conseguiu agregar votantes simples desiludidos com o sistema ou com a vida em geral viam no Bloco a sua forma de protesto.
No fundo, a massa agregadora deste autêntico saco de gatos era o facto de protestarem contra alguma coisa: não votavam a favor de nada, mas sim contra. Ouvia-se, ainda se ouve, que era um voto sem risco: nunca chegariam ao poder, mas seriam uma voz incómoda; preferiam eleger Louça ao 23º ou 15º deputado do PS ou do PSD que nunca ninguém sabe quem é.
Porém, hoje, tudo mudou.
Nestas eleições é real o perigo de o Bloco ter 10% dos votos e se coligar com o PS.
Assim sendo, quando se vota Bloco não se vota contra, mas a favor: a favor da nacionalização da banca, a favor da nacionalização dos seguros, da energia. A favor de uma carga fiscal superior e da tributação de telemóveis.
Votar bloco, hoje, não é votar contra nada, mas votar a favor de um modelo de sociedade em tudo idêntico ao preconizado pelo partido comunista.
É votar a favor de um Estado, controlador, obeso e de uma sociedade pública, onde a inicitiva privada não tem lugar.
É por isso que, hoje, votar Bloco (et pour cause PS), ao contrário de há 10 anos atrás, é perigoso.
E tu, ainda vais votar Bloco?
Imaginar o Bloco de Esquerda no Governo é algo tão tenebroso que quase sempre nos dispensamos de medir as consequências da coisa. Mas o Diogo Belford Henriques foi pegar no Programa do Bloco de Esquerda e começou a imaginar. A coisa é verdadeiramente assustadora, como o demonstram estes dois exemplos:
Segunda-feira "Avançar com um plano de nacionalização do sector energético - Galp e EDP . A energia, a água, as vias de comunicação, ostransportes públicos, entre outros serviços públicos, têm de ser controladas por todos." (pág. 14).
Sexta-feira "Legalização da morte assistida" (pag. 23)" “fim da OMC, do FMI e do Banco Mundial” (pag. 108) “Portugal deve sair da NATO e pugnar pela extinção deste e de todos os blocos militares. Portugal deve defender o desarmamento geral e universal” (pag. 110).
Não dá para acreditar? Confirmem aqui.
Ana Drago indignou-se com Nuno Melo no Corredor do Poder por este ter colado o BE à Festa do Charro.
Mudam-se os tempos, mudam-se às vontades. Há uns tempos atrás Ana Drago veria esta afirmação como um elogio, mas agora, como o objectivo é mostrar um BE sério e governável (?) já não gostou.
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