Circular, circular, não há nada para ver!
É muito tentador comentar o caso do verniz desaparecido, como muito bem lhe chama o Pedro Correia. Não só pelo caso em si, que tem os ingredientes necessários para alimentar um série de posts, mas também porque ele ilustra, e de forma clara, a discussão que, pelos lados do Bloco Central, se vem fazendo a propósito das próximas eleições.
E se aquilo que se passa pelo lado esquerdo me é mais ou menos indiferente, já não pode deixar de causar preocupação que, pelo lado direito, as atenções sejam constantemente desviadas, com muita culpa dos próprios, para as intrigas fidagais, para as disputas internas e para os ódios de estimação.
Sobretudo porque esse desvio (que repito é causado não apenas por quem quer desviar mas por quem preguiçosa e indolentemente deixa desviar) dá bem conta da ordem de prioridades dos vários actores políticos.
O desafio de afastar o socialismo que nos governa é demasiado importante para perdermos tempo - ou contribuirmos para essa perda - com pequenas histórias que alimentam as redacções e os gabinetes e as lutas internas mas que passam ao lado do cidadão.
Já nos rimos e abanámos a cabeça. Vamos ao trabalho, que há muitas propostas para discutir e política para fazer! Se quiserem mais casos como esse, escusam de entrar nesta rua.