E não se combate a despesa?
Se a recusa em baixar impostos ainda pode ser justificada pelo combate à despera pública, ainda que aqui pela Rua Direita se tenha vindo a defender, com argumentos consistentes e debatidos com os nossos comentadores, que é possível proceder às duas empreitadas em simutâneo, já não consegue compreender-se como é que o Programa Eleitoral do Partido Socialista se enreda em tantos apoios e despesas e não dedica uma particular atenção ao combate à despesa:
Note-se que a redução dos impostos, tendo conta o nível de carga fiscal que temos, é um direito dos cidadãos perante uma cobrança excessiva do Estado, pelo que a recusa na sua redução deveria merecer muito mais palavras do que a mera acusação de demagogia a quem se limita a pedir para não lhe levarem grande parte do que recebe.
E se de um ponto de vista socialista é aceitável que as receitas fiscais sirvam para promover todo um modelo social, do ponto de vista democrático já é menos aceitável que essa opção não seja assumida por completo, escondendo-se que a manutenção da carga fiscal tem mais que ver com um modelo socialista de governação do que com qualquer combate à despesa.