Sem prejuízo de uma análise mais cuidada (mais pormenorizada), as primeiras ilações que tiro da série de debates são a seguinte:

• CDS/PP – Foi o grande vencedor da séria de debates: Portas foi o único líder partidário que, de acordo com o Sol e a generalidade dos comentadores, venceu todos os debates e, sobretudo, ganhou aos seus concorrentes directos: Sócrates e MFL. Notou-se também um programa bem construído, bem explicado e explicável o que ajudou – e muito - PP a fazer a diferença.
  

   

  
  

• BE – Foi o grande perdedor da ronda debates. Foi ao tapete com Sócrates e perdeu aos pontos com PP; apenas empatou com MFL e anulou com Jerónimo. Parece que Louçã se assusta com o que ele próprio propõe e os portugueses descobriram que afinal o BE nada tem de moderno. Louçã, desta vez, aguentou-se e não disse que Portas não podia falar de aborto porque não tinha filhos. Mas esteve várias vezes perto dessa radicalismo e intransigência.
  

   

  
  

• PS – Embora tenha prestado um serviço ao País vencendo por KO Louçã, perdeu claramente com Portas e apenas empatou com MFL, pelo que não pode ser considerado um vencedor. Tem a extraordinária habilidade de, mesmo em debates, não responder ao que lhe é perguntado… O problema é que o que lhe é perguntado pelos jornalistas é o que o povo quer saber e não os discursos colados que já cansam toda a gente. PSD – MFL partiu para os debates com a síndrome da derrota e a verdade é que apenas perdeu com Portas. Empatou com o Sócrates, mas mantendo sempre ar de seriedade que julgo que cativa.
  

   

  
  

• PCP – Jerónimo não teve nenhum grande debate. Sobretudo com Louçã exigia-se uma atitude mais acutilante, desmontando a pseudo modernice de Louçã. Preferiu fumar um cachimbo da paz com Louçã, reunindo esforço no ataque a Sócrates. Julgo que fez mal. Ainda assim, Jerónimo esteve particularmente combativo na defesa do seu eleitorado tradicional e não perdeu clamorosamente nenhum debate como Louçã. Julgo que o PCP vai ter mais votos que o BE.